A cultura do medo: breves reflexões da relação entre idosos e programação televisiva
Considerando a mídia como portadora de poder simbólico e, portanto, detentora de grande influência na formação da opinião da população em geral, o presente artigo objetiva refletir como temáticas violentas na programação televisiva podem contribuir para a cultura do medo entre os idosos. Na discussão desenvolvida, parto de entrevistas realizadas com seis idosos, na faixa etária dos 65 aos 70 anos, em espaços públicos, com perguntas abertas com a finalidade de perceber o sentimento dos mesmos com relação essa cultura de medo.
A temática violência ganhou os espaços da programação da televisão brasileira. Antes, apenas alguns programas privilegiavam o tema, dando destaque em matérias que misturavam sangue, sensacionalismo e espetáculo. Hoje, o tema saiu dos programas específicos e adentrou no telejornalismo, nos filmes e nas telenovelas.
A presente discussão parte da reflexão que a profusão de matérias de violência acaba gerando uma sensação de cultura do medo. Na referida análise, tomo como objeto de estudo seis idosos, na faixa etária entre 65 a 70 anos. As entrevistas foram realizadas no município de Castanhal, estado do Pará, distante 75 quilômetros da capital. A escolha dessas pessoas foi proveniente de algumas falas identificadas, a partir do início das atividades do projeto de pesquisa Mídia e Violência: as narrativas midiáticas na Amazônia Paraense, realizado na Universidade Federal do Pará/Faculdade de Comunicação.
Por: Alice Martins Morais e Alda Cristina Silva da Costa
Acomapnhe na íntegra:
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2013/resumos/R8-0776-1.pdf